quarta-feira, 21 de março de 2012

Fita rosa nas tetas da vaca e o Câncer de Mama

O Leite de Vaca e o Câncer de Mama: Qual a ligação entre eles?


Há poucos dias ocorreu a Semana Mundial do Câncer de Mama, onde campanhas de conscientização no mundo inteiro tiveram o intuito de chamar a atenção para esse grave problema que atinge mulheres em quase todas as faixas etárias, mas principalmente aquelas acima dos trinta anos. O Instituto Nacional do Câncer aponta o estado do RS com a maior incidência e por aqui não faltaram palestras, reportagens e campanhas como a do laço cor de rosa como símbolo dessa luta. 
Mas interessante é que em quase todas as notícias referentes a essa campanha de conscientização, a grande maioria enfatizou apenas a prevenção através do autoexame ou da mamografia. Muito pouca ênfase na prevenção através dos cuidados com a alimentação, stress, álcool, fumo, obesidade, reposição hormonal, diabetes e hereditariedade. Mesmo nesse último quesito, como diz o cardiologista Fernando Luchese, os fatores genéticos constituem-se como uma bomba relógio que você tenta desarmar ou não, dependo do estilo de vida que leva. 
No Rio Grande do Sul, onde se consome em demasia muita gordura animal, carne e laticínios, o que pode favorecer a alta incidência desse tipo de câncer. Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Leeds (www.leeds.ac.uk) e publicada na revista especializada British Journal of Câncer (www.nature.com/bjc), com 35 mil mulheres com idades entre 35 e 69 anos, aquelas que passaram da menopausa e comem mais de 103 gramas de carne vermelha por dia ou carne processada, tem 64% mais chances de desenvolver a doença. Já as mulheres em período pós-menopausa que consomem cerca de 57 gramas de carne por dia têm 56% de chance de desencadear o câncer de mama. A pesquisa revelou que mesmo as mulheres jovens têm leve risco de desenvolver a doença se comerem carne vermelha todos os dias. 
No livro intitulado “Your life in your hands” (A Tua Vida Nas Tuas Mãos) da professora de geoquímica Jane Plant, a mesma relata sua experiência pessoal de luta e sobrevivência a cinco tumores mamários, que mesmo passando pelas práticas convencionais de tratamento, só veio a ter a cura efetiva após seis semanas de abandono total do leite e seus derivados. Diz ela que a relação entre o consumo de lácteos e o câncer de mama é similar a do tabaco e o câncer de pulmão. E tudo começou, relata ela, numa viagem do seu marido, que também é cientista, à China. Constataram que tal enfermidade era virtualmente inexistente naquele país, onde apenas uma entre 10.000 mulheres morria de câncer de mama. Já no reino Unido morria uma para cada 12 mulheres. E a mesma constatação em relação aos homens e o câncer de próstata, pois a maioria da população chinesa é incapaz de tolerar o leite e por isso não o tomam. Lá não há o hábito de se dar leite de vaca para as crianças. E não pode ser uma simples casualidade que, mais de 70% da população mundial tem sido incapaz de digerir a lactose. E outra constatação interessante é que os chineses ou mesmo os orientais em geral, que adotam os hábitos da dieta ocidental, seja no seu próprio país de origem ou quando passam a morar fora, acabam desenvolvendo esse tipo de câncer. 
Segundo a professora Plant, “o leite de vaca é um grande alimento... mas só para os bezerros, pois a natureza não o destinou para ser consumido por nenhuma outra espécie”. O leite só é natural para o filhote que recebe de sua própria mãe esse alimento. Fora disso, torna-se um elemento estranho ao organismo de uma outra espécie adulta que já deixou a fase de amamentação. De todas as espécies mamíferas a humana é a única que se comporta como filhote mesmo depois de adulta e teima em tomar leite até morrer de velho. Em média, aos três anos de idade perdemos duas importantes enzimas necessárias à decomposição e a digestão do leite, a renina e a lactase. Além desse fato o leite possui em sua composição alto teor de gordura, caseína e um conveniente e bonito nome para milhões de células somáticas, que nada mais são do que PUS. Não bastasse isso é frequente a contaminação com fezes e pesticidas.
Então está na hora de aprofundar o debate e as campanhas que visam alertar esse grave problema que afeta homens e mulheres do mundo inteiro e inserir nesse contexto o que se evidencia como consequência de um hábito tradicional, porém equivocado, em que lá na origem da fazenda transforma fêmeas bovinas em escravas leiteiras, onde seus ventres exaustos e suas mamas judiadas e sugadas são meras máquinas de um lucrativo agronegócio. Ali também tem muito sofrimento e dor nas mamas.  


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