Lenda Japonesa - Mansão Himuro (Fatal Frame) #SugestãoDeLeitor

Sugestão do leitor Lucas Carvalho. Texto adaptado de Sweet Anime e Medo B.

Acredita-se que a mansão Himuro está localizada na saída de Tokyo, mas a verdade é que não se sabe nem se ficava mesmo na cidade. Alguns rumores apontam para um antigo vilarejo isolado no Japão.

Tornou-se mais famosa com a série de jogos de vídeo-game “Fatal Frame”.

A mansão Himuro (também conhecida como Himikyru) se tornou alvo de inúmeras discussões sobre sua existência e real ou não, lenda antiga ou nova, não muda o fato de ter histórias realmente assustadoras.

É considerada a mansão mais mal-assombrada de todo o Japão.

Sobre a lenda:

A mansão era a o lugar de um pequeno templo onde alguns rituais eram executados aproximadamente a cada 30 anos em Dezembro. Um dos rituais era chamado de "Ritual do Demônio Cego" e o outro “Ritual do estrangulamento”.

A vítima do “Ritual do estrangulamento” era amarrada por cordas em seu pescoço, tornozelos e pulsos e depois eram esticados até que seus membros fossem arrancados.

As jovens com potencial para se tornarem sacrifícios eram convidadas a participar de uma atividade recreativa como se fosse um jogo de “pega-pega”, uma delas era escolhida como demônio (Oni), que representava a entidade maléfica de um portal, as outras seriam os alvos deste ser.

Esses sacrifícios eram para manter o portal para o outro mundo localizado no subterrâneo do templo, selado. A criança escolhida como o Oni (demônio) da brincadeira  teria que tentar pegar as outras para assim determinar quem deveria ser o sacrifício. Não se sabe se as meninas sabiam disto quando o jogo ocorreu. 

A primeira jovem a ser pega, deveria ser o sacrifício do "Ritual do Demônio Cego". Dizia-se que a jovem estava "cega" para o Oni, e assim, não poderia vê-lo. A última garota que fosse pega diziam ser a de aura mais forte ou de maior energia. Ela podia ver os demônios e tirá-los de lá rapidamente também, na teoria fazendo dela a mais forte do grupo das jovens. A jovem. Essa moça levaria parte no ritual de estrangulamento, do qual manteria presos os demônios no portal.

Outra versão da lenda diz que para o ritual era escolhida uma moça ainda bem jovem, que ficava trancada em um quarto, longe do mundo exterior e da família, para manter sua alma limpa e não se “sujar” com a afeição ao mundo externo, neste quarto ela era cuidada por sacerdotisas do templo que havia na mansão, estas usavam máscaras para não deixar que a escolhida se apegasse à nenhuma delas.

A garota ficava trancada até atingir a idade adulta. Quando chegava a data certa ela era levada ao templo externo, onde era purificada no Santuário da Lua. Então o atual patriarca da família, juntamente com sacerdotes, amarravam o corpo da garota com cordas nos pulsos, tornozelos, pescoço… Cordas ligadas à rodas ou animais de grande porte (Como bois e cavalos). Após as devidas orações serem feitas, os sacerdotes (Ou escravos, existem várias versões) começavam a girar a roda, de modo que os membros da moça eram esticados até serem arrancados totalmente (O ritual possui este nome por ela ser estrangulada ao mesmo tempo em que seus membros eram arrancados.). O sangue jorrava nas cordas, que depois eram usadas para lacrar o portal do karma que se abria em algum lugar do templo xintoísta.

Outra versão do Ritual do Demônio Cego: De acordo com a lenda, a criança era escolhida aos sete anos. Uma outra moça era forçada a usar uma máscara com espetos nos olhos, cegando-a. Depois ela era colocada na maior sala da mansão com várias meninas, e começava uma espécie de “pega-pega”. A moça cega era apresentada como o “Oni” (Demônio) e deveria pegar duas garotas. A primeira a ser pega seria a próxima “Oni” da seleção daqui a dez anos, cegada pela máscara. Ela seria a mais fácil de se pega por ser “cega” ao demônio. A última a ser pega, portanto, seria a próxima Sacerdotiza do Santuário da Corda, pois podia “ver o mal” e portanto fugia dele com maior facilidade.

Uma vez, porém, a Donzela do Santuário da Corda acabou se apaixonando por um rapaz que ela vira, sem querer, pela janela da mansão. Juntos eles planejavam fugir para impedir o infortúnio que recaíria sobre a garota.

Mas o patriarca descobriu, e, num acesso de loucura por saber que a alma da escolhida estava “impura”, pegou uma espada e matou todos que estavam presentes na mansão naquele momento, se matando após o crime, e assim acabando com a família Himuro para sempre.

Quem consegue encontrar a mansão diz que coisas estranhas acontecem por lá, barulhos, visões de moças sacrificadas… Mas por ser uma localização indefinida, muitas das histórias são consideradas falsas.

Sobre o jogo Fatal Frame:

É um jogo de terror, onde seu objetivo é exorcizar fantasmas usando uma máquina fotográfica. O jogo, até agora, possui quatro séries.

O de mesmo nome, Fatal Frame, conta a história de Miku Hinasaki  uma moça que sai em buca de seu irmão desaparecido, um novelista que foi em uma mansão mal-assombrada para ter idéias para seu novo livro, mas ele e sua equipe desaparecem sem deixar rastros, e cabe a sua irmã ir resgatá-lo.

O segundo jogo, Fatal Frame: Crimison Butterfly, é sobre duas irmãs gêmeas, Mayu e Mio, que estão aproveitando os últimos dias de uma floresta, onde elas passaram parte da infância, que será derrubada. Mayu desaparece, e Mio começa a procurá-la, no entanto, ela descobre relatos de uma repórter que passou pela vila, relatos assustadores, que revelam muito mais do que uma simples busca pela irmã desaparecida.

Fatal Frame: The Tormented, conta a história de uma fotógrafa, Rei Kurosawa, que perde o noivo em um acidente  de carro. A partir daí, ela passa a ter estranhas visões e sonhos envolvendo seu marido e uma estranha mansão.

E, por último, Fatal Frame: Mask of the Lunar Eclipse, é sobre cinco garotas que foram sequestradas por um assassino, sendo mantidas reféns em uma casa misteriosa. Elas são resgatadas por um detetive, mas, alguns anos depois, duas das garotas morrem, e as três restantes decidem voltar à ilha para recordar lembranças perdidas.

Tweet