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segunda-feira, 5 de março de 2012

Vegetarianos poderiam comer carne criada em laboratório?





O mundo poderia ter, este ano, o primeiro hambúrguer feito em laboratório, com cientistas que usam células-tronco para criar tiras de carne. Mas os vegetarianos poderiam comê-los?

Cientistas holandeses criaram pequenos pedaços de músculo bovino em laboratório. Essas “tiras” serão misturadas com sangue e artificialmente crescidas com gordura para produzir um hambúrguer.

As células-tronco usadas nesta experiência foram colhidas a partir de subprodutos de animais abatidos, mas no futuro, dizem os cientistas, poderiam ser retiradas a partir de um animal vivo através de biópsia.

Normalmente, a principal motivação para o vegetarianismo – além daqueles que o praticam por motivos religiosos – é sobre o bem-estar dos animais. O vegetariano típico renega a carne porque os animais são mortos para obtê-la.

Então, se a carne não vem de animais mortos, haveria um problema ético em comê-la se um dia estiver nas prateleiras dos supermercados?

Não é tão simples responder isso, diz o professor Andrew Linzey, diretor do Centro de Oxford para a Ética Animal. Ele diz que o hambúrguer, atualmente, não é considerado um substituto aceitável para os vegetarianos, mas já é um passo em frente.

“Carne sintética poderia ser um grande avanço moral. Não será apropriado para vegetarianos porque ainda tem origem na carne de subprodutos, mas sabendo que milhões de animais são abatidos para alimentar seres humanos todos os dias, é um passo em frente para um mundo menos violento”.

De acordo com a Sociedade Vegetariana, um vegetariano não come “nenhuma carne bovina, aves, caça, peixes, mariscos ou crustáceos, e os subprodutos do abate”.

A carne cultivada em laboratório até agora tem sido criada a partir de células-tronco retiradas de soro fetal bovino. Isto é geralmente um subproduto do abate, embora as células-tronco possam ser colhidas em volumes menores sem matar animais.

O professor Julian Savulescu diz que não importa como o produto é feito e “o fato de que a carne é feita a partir de subprodutos animais é moralmente irrelevante”.

“As pessoas que são vegetarianas por razões morais, meio ambiente, o tratamento concedido aos animais, têm uma obrigação moral de comer esta carne, porque vai contribuir para uma alternativa ética à carne convencional”, diz.

Para muitos vegetarianos, porém, trata-se de uma questão complicada. “Alguns estão interessados em experimentar o sabor e a textura da carne sem realmente prejudicar um animal, enquanto outros acham a ideia totalmente repugnante”, diz Su Taylor, da Sociedade Vegetariana.

Em 2009, uma pesquisa do Food Standards Agency’s Public Attitudes to Food do Reino Unido, que envolveu 3.219 adultos, verificou que 3% dos entrevistados eram “totalmente vegetarianos” e 5% eram “parcialmente vegetarianos (não comiam alguns tipos de peixe ou carne)”.

Só porque a carne tem sido cultivada artificialmente, não significa que é vegetariana, diz a Vegetarians International Voices for Animals (Viva). A Viva insiste que vegetarianismo e veganismo não são religiões que os indivíduos formam em suas próprias mentes.

“Mais de 950 milhões de animais terrestres mortos no Reino Unido a cada ano”, diz o porta-voz da Viva e gerente da campanha, Justin Kerswell. “E a grande maioria é criada em péssimas condições. Qualquer coisa que salve os animais do sofrimento é bem-vinda”.

Há uma discussão sobre se as pessoas que comem carne poderiam ser persuadidas a comer carne artificial, mas no momento o preço tende a ser proibitivo. O primeiro hambúrguer feito em laboratório possivelmente custará 200 libras esterlinas, ou cerca de R$ 540,00 para ser produzido.

Savulescu diz que a maioria das pessoas não vai desistir da carne, mas se houvesse uma alternativa saborosa, os comedores de carne convencionais poderiam mudar de ideia.

“Vegetarianos morais precisam promover, usar e consumir esta carne de tubo de ensaio”, disse Savulescu. “Então ela irá se tornar mais barata”.

A pesquisa sobre a carne artificial foi solicitada por preocupações em relação ao modo atual de produção de carne, insustentável a longo prazo.

Mas, para Kerswell, a pesquisa parece desnecessária, especialmente porque muitos vegetarianos acreditam que uma dieta de exclusão de carne é mais saudável.

“Por que crescer em uma placa de Petri ou comer a carne de um animal abatido quando fontes vegetais de proteína e substitutos de carne são cada vez mais comumente disponíveis e são melhores para a nossa saúde?”, disse.

Claro, há uma abundância de nutricionistas que falam sobre o valor de comer um pouco de carne. Dra. Elizabeth Weichselbaum, uma cientista de nutrição da Fundação Britânica de Nutrição, diz que a carne é uma fonte importante de uma série de nutrientes em nossa dieta, incluindo proteínas de alta qualidade, ferro, zinco, selênio, vitamina D e algumas vitaminas do complexo B.

“Ela pode fornecer uma contribuição importante para uma dieta saudável e equilibrada. Carne e outras fontes de proteína, incluindo ovos, feijões e nozes, devem ser consumidas em quantidades moderadas”, afirma.

Dessa forma, chefs vegetarianos poderiam ser persuadidos? Denis Cotter, que dirige um restaurante vegetariano em Cork, na Irlanda, diz que “após um instintivo estremecimento de repugnância”, ele pode ver os benefícios do hambúrguer, mas não será parte de seus menus.

“Pessoalmente, eu não gosto de comida sintética, e evito tudo o que é à base de soja, falso material de carne destinado a vegetarianos. Então, não, eu não estaria interessado em usá-lo, quer como um produto de restaurante ou no meu prato em casa. Mas eu gostaria de apoiá-lo como a melhor forma de produzir carne do que a queima de florestas tropicais e a ocupação de terras úteis”.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

McDonald's usa amônia para fazer hambúrguer com sobra de carne




A rede de fast food McDonald's foi alvo da denúncia de que estaria utilizando hidróxido de amônio para converter sobras de carne em um enchimento para os hambúrgueres. A informação é do jornal britânico "Daily Mail".

A polêmica ganhou as manchetes dos pricipais jornais americanos depois que o chef Jamie Oliver veio a público denunciar a prática. "Basicamente, nós estamos levando um produto que seria vendido na forma mais barata para cães. Após este processo, podemos dar aos seres humanos", disse o chef durante seu programa de televisão "Jamie Oliver’s Food Revolution".

Segundo o jornal britânico, o microbiologista do Departamento Americano de Agricultura, Geral Zirnstein, concordou com o chef Jamie Oliver de que o hidróxido de amônia deve ser banido do processamento das carnes do McDonald's. Após a denúncia, a rede anunciou que vai alterar a receita do hambúrguer no país, mas não admitiu que a medida tenha sido tomada em função das denúncias.

Após a decisão do McDonald's, o chef de cozinha comemorou. "Por que qualquer ser humano sensato colocaria amônia na boca de seus filhos? O público americano precisa urgentemente entender o que sua indústria de alimentos está fazendo", disse Jamie Oliver.

Segundo o diretor do Sistema da Qualidade do McDonald's nos Estados Unidos, Todd Bacon, a empresa cumpre todos os requisitos de segurança alimentar. "No McDonald's, a segurança de alimentos tem sido e continuará a ser uma prioridade", garantiu.

De acordo com o "Daily Mail", o processamento da carne de hambúrguer nos Estados Unidos é realizado pela empresa Beef Products Inc (BIP) e ninguém foi encontrado para comentar o assunto.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Crianças ficam traumatizadas nos EUA, após visita escolar em um matadouro.

Paredes de vidro!


Essa é uma questão muito polêmica. Quando você, adulto, come carne, sabe obviamente que aquele animal foi morto para esse único e exclusivo fim: sua alimentação. As facilidades do mundo moderno nos auxiliam na disassociação da carne que se compra cortada em pedaços embaladas, no supermercado, e o animal sendo morto nos abatedouros. Você sabe que isso acontece, mas nega pra si mesmo que sabe e ainda por cima tenta justificar de alguma maneira seu hábito de consumo (tais como: "os bichos são feitos pra isso", "não quero nem saber o que acontece nos abatedouros" "que delícia essa alcatra", ou coisas do tipo...) E daí seus filhos nascem e adquirem por osmose essa cultura do "cego é aquele que não quer enxergar". Só que um dia a verdade vem a tona e de uma maneira ou de outra  e seu filho acaba descobrindo a verdade, como por exemplo: Uma conhecida me contou que estava fazendo um churrasco e quando tirou o pedaço de carne da embalagem caíram algumas gotas de sangue no chão, a filha dela perguntou: "Mãe tu tá sangrando!!!" Ela disse que era sangue da carne e a filha, olhando para a carne, horrorizada, perguntou : "Mas isso aí é um BICHO?" Paul McCartney tem razão: "Se as paredes dos abatedouros fossem de vidro, todos seres humanos seriam vegetarianos"

Segue uma reportagem publicada no site ANDA, sobre uma experiência de alguns alunos nos EUA:


Excursão escolar a matadouro traumatiza crianças nos EUA 04 de dezembro de 2010 Por Danielle Bohnen (da Redação) Dezoito estudantes da Mavis Beacon Elementary School, em Ohama, Nebraska, estão em tratamento psicológico depois de uma visita da escola a um matadouro. Crianças ficam em choque após presenciar as atrocidades praticadas contra os animais no matadouro (Reprodução/newsweak) As crianças ficam extremamente horrorizadas ao ver como as vacas são cruelmente assassinadas e torturadas. Alguns dos estudantes vomitaram e a maioria chorava o tempo inteiro.  O professor, Maxwell Barnes, responsável pela organização do passeio, diz de forma natural e terrível: “eu não vejo nada de errado no passeio. No início  do ano fizemos uma visita a uma fábrica de chocolates. As crianças têm curiosidade em saber de onde vem sua comida. Eu não acho que deve haver algo de errado mostrando de onde vem a carne”. Como se vacas cruelmente assassinadas fosse algo muito natural. De acordo com informações do jornal Newsweak, as crianças foram levadas no compartimento de carga onde os animais são transportados e testemunharam a barbaridade de como é realizado o processo de sacrifício, onde os animais recebem um tiro de pistola pneumática na cabeça, tendo “morte cerebral”. Diante da reação horrorizada das crianças, o chefe do estabelecimento Dan Smith conta: “dissemos a eles que era tudo parte natural da carne, como são feitos hambúrgueres deliciosos que eles comem. Mas parece que não judou nada”. Como se as crianças fossem seres incapazes de pensar por si só na crueldade que foram obrigadas a presenciar. Depois do desmaio horrível, os animais foram acorrentados pelas pernas traseiras e esquartejados, sangrando até a morte completa. Diante de tão horrenda cena, as crianças ficaram ainda piores. “Eu vi um menino vomitando. E, depois, todos começaram a correr e vomitar pelo local. Ficou tudo fora de controle. Eu me assustei e não continuei o passeio”.

Pensem nisso!